Ao ouvir essas palavras, todos correram e foram colocar-se a seu lado. Eneias, por sua vez, chamou em seu socorro Deífobo, Páris e Agenor. Travou-se, então, um combate em torno do cadáver de Alcatos. Os guerreiros envolveram-se numa luta encarniçada, na qual sobressaiam Eneias e Idomeneu. O primeiro arremessou a lança contra o adversário mas este, furtando o corpo, conseguiu escapar. Como vingança, o herói grego matou um guerreiro troiano mas não conseguiu tirar-lhe a couraça porque os dardos voavam à sua volta. Percebeu, então, que era chegado o momento de se retirar, pois estava extremamente fatigado. Deífobo, que lhe votava ódio mortal, saiu em sua perseguição. Mas o herói Merlones, ágil como o deus da guerra, atirou-lhe a lança, que lhe trespassou o braço, e o sangue escorreu da ferida aberta. Muito a contragosto, foi então obrigado a abandonar a luta, auxiliado por seu irmão Polites.
Do outro lado do campo lutavam Menelau e Heleno, filho de Príamo, em combate singular. O primeiro a avançar foi Heleno, que atirou uma flecha ao peito do seu adversário. Mas a flecha resvalou, depois de bater na couraça, e caiu ao chão. Adiantou-se Menelau e com a lança perfurou a mão de Heleno que, não podendo mais suster o arco, deixou-o cair e correu a sangrar para o meio dos companheiros com a mão levantada. Acudiu-lhe Agenor, que extraiu o bronze da ferida e lhe enfaixou a mão com uma atadura de lã.
Vieram outros guerreiros que se sucederam a Heleno contra Menelau. Mas a todos o valoroso átrida vencia, enviando muitos para o sombrio reino de Plutão.
Entretanto, Heitor nada sabia do que se passava naqueles lados, pois ainda se conservava no mesmo ponto onde ficara depois do assalto às portas. Já tinha morto um sem-número de guerreiros, mas os dois Ájax, auxiliados por valentes guerreiros, ofereciam-lhe firme resistência. Foi quando se aproximou Polidamas e o preveniu de que os troianos estavam a sofrer graves perdas no sector em que combatia Menelau. Dirigiu-se, então, par lá e ficou perturbado ao saber que Heleno e Derrubo estavam feridos e for de combate e o valoroso Ásio fora morto por Idomeneu. Então, juntamente com Páris, Polidamas e Ascânio, reorganizou a defesa. Júpiter, que até a. não tinha dado importância à luta, voltou à vigilância e, enraivecido com a protecção que o deus do mar estava a proporcionar aos gregos, soprou a fúria sagrada no animo dos troianos e reacendeu-lhes a coragem.
Desafiando Ájax, que estava próximo dele, Heitor avançou com impetuosidade e os guerreiros acompanharam-no, soltando gritos de júbilo a cada vitória alcançada.
Enquanto isto se passava, o velho Nestor, preocupado com a situação, saiu à procura de Agamémnon, que encontrou acompanhado de Ulisses e Diomedes a assistir aos combates. Estavam os três aborrecidos porque não podiam, devido aos ferimentos, auxiliar os seus guerreiros. Quando Nestor chegou, puseram-se os quatro a discutir qual a melhor providência a tomar.
Desesperado, Agamémnon chegou a propor a retirada geral para os navios e a fuga. Ulisses discordou com indignação e Diomedes propôs que, embora feridos, voltassem ao campo de batalha. Sem tomar parte activa na luta, poderiam incentivar os guerreiros e, talvez, mudar a sorte dos combates.
Assim o fizeram, no que foram auxiliados pelo deus Neptuno que, disfarçado de velho, insuflou animo nas desanimadas hostes gregas.