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Capítulo 38: Conclusão

Página 517

Os proprietários, colegas de Tomé, fizeram entre si algumas reflexões a respeito da finura deste, convencidos de que ele desde muito visara a este resultado, e profetizando-lhe um baronato futuro. Mas nem o retraimento da nobreza, nem as murmurações dos lavradores perturbaram a alegria das núpcias.

D. Luís recebia ainda uma impressão desagradável ao ver tão perto de si Tomé e a boa Luísa; procurava, porém, minorar este desgosto contemplando Berta, que exercia sobre ele uma completa fascinação. Insistia sobretudo o fidalgo em que Berta era uma rapariga de excepção, e que se davam nela as qualidades que valeram em outros tempos a tantos plebeus a honra de serem agremiados no seio da nobreza.

Frei Januário, vendo bem provida a despensa e a cozinha da Casa Mourisca, julgou dever transigir com a nova ordem de coisas e instalou-se de novo no seu quarto, decidido a respeitar, conforme com os modernos princípios da diplomacia, os factos consumados.

E anos de paz preparavam-se para aquela casa.

Maurício seguiu diferente destino, em harmonia com as suas aspirações e instintos.

Não se sentindo com tendências para agricultor, vendeu a Jorge a parte dos bens rurais que lhe pertencia e voltou para Lisboa com a mulher.

Decorrido pouco tempo encetava a sua carreira diplomática, como adido à embaixada de Viena, e sob os melhores auspícios do futuro progresso.

Gabriela não teve de arrepender-se do seu casamento. Se Maurício não era um modelo de maridos fiéis, ela tinha a precisa filosofia para desculpar-lhe as leviandades, e Maurício inteligência para apreciar a generosidade e delicadeza da sua mulher, e adorá-la por isso e apesar de tudo.

A vida agitada e as sucessivas comoções das capitais a ambos agradavam; por isso ambos eram felizes.

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pág. 517 (Capítulo 38)

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Capa do livro Os Fidalgos da Casa Mourisca
Páginas: 519
Página atual: 517

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 18
III 25
IV 42
V 54
VI 62
VII 72
VIII 86
IX 102
X 114
XI 127
XII 137
XIII 145
XIV 155
XV 168
XVI 197
XVII 214
XVIII 233
XIX 247
XX 255
XXI 286
XXII 307
XXIII 317
XXIV 332
XXV 348
XXVI 358
XXVII 374
XXVIII 391
XXIX 401
XXX 414
XXXI 426
XXXII 440
XXXIII 450
XXXIV 462
XXXV 477
XXXVI 484
XXXVII 499
Conclusão 515