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Capítulo 7: VII

Página 85

- Ó Sr. Jorge! a maior paga que me pode dar é… não me pagar nunca.

Movidos por esta cena, os outros criados vieram depositar na mesa outra vez o dinheiro recebido.

- Lá por isso, nós também esperamos…

Jorge restituiu-lhes o dinheiro.

- Não é necessário… Levem-no.

E depois acrescentou:

- As circunstâncias actuais da nossa casa obrigam-nos a fazer mudanças no serviço. Temos de reduzir o número dos criados de dentro e aumentar os de lavoura. Por isso, vocês quatro, Francisco, Lourenço, Pedro e Romão, podem procurar outra casa. Para nos servir bastam os outros dois. Vocês, os de lavoura, ficam, se quiserem, e, se tiverem parentes que pretendam empregar-se aqui no mesmo serviço, mandem-nos ter comigo. E agora podem ir.

O tom em que foram ditas estas palavras excluía qualquer observação. Saíram todos.

- Frei Januário - acrescentou Jorge, dirigindo-se ao padre, que estava meio aparvalhado - , podia fazer-me saber mais delicadamente esta dívida da casa. Apesar disso agradeço-lhe o ensejo que me deu de a pagar.

O padre resmungou não sei o quê, e saiu cada vez com mais medo de Jorge.

- Onde foi o diabo buscar já tanto dinheiro? - pensava ele. - Não pode deixar de ser da maçonaria.

O hortelão ficou só com Jorge.

O pobre homem estava entusiasmado com a honrosa distinção que recebera, e para manifestar o seu entusiasmo passou a contar a Jorge como é que se tinha dado o ataque do monte das Antas.

Esta cena, divulgada em pouco tempo, concorreu, como dissemos, para aumentar os créditos de Jorge em toda a aldeia.

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Capa do livro Os Fidalgos da Casa Mourisca
Páginas: 519
Página atual: 85

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 18
III 25
IV 42
V 54
VI 62
VII 72
VIII 86
IX 102
X 114
XI 127
XII 137
XIII 145
XIV 155
XV 168
XVI 197
XVII 214
XVIII 233
XIX 247
XX 255
XXI 286
XXII 307
XXIII 317
XXIV 332
XXV 348
XXVI 358
XXVII 374
XXVIII 391
XXIX 401
XXX 414
XXXI 426
XXXII 440
XXXIII 450
XXXIV 462
XXXV 477
XXXVI 484
XXXVII 499
Conclusão 515