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Capítulo 33: XXXIII

Página 459
Ora agora eles dizem que decidiram acabar a todo o custo com aquilo por causa do velho, e daí veio a história toda do casamento; mas no andar em que vão as coisas, parece-me que eles acabam mas é consigo.

- É uma desgraça! mas que remédio? Ainda que eu cuidasse de ver morrer-me a filha, havia de opor-me a esses amores. E mais depressa a recolheria em um convento...

- O que aí vai! o que aí vai! Ó homem de Deus, ia-lhe talvez muito mal se a filha lhe casasse com o rapaz.

- Era uma desgraça, repito. E eu nunca mais poderia olhar de frente para o fidalgo, como o fiz até agora, graças a Deus! porque então teria ele razão de me suspeitar de intriguista.

- Se a consciência o não acusa, não lhe dê canseira o que os outros pensam.

- Eu bem to dizia, Tomé, não que tu não querias crer! - insistiu Luísa, entre pesarosa e satisfeita.

- Já me tarda ver a rapariga para fora dos Bacelos. Mal sabia eu quando a levei para lá que um dia podiam vir a julgar que eu o fizesse por cálculo!

- Deixe estar a rapariga onde está; Deus, que conduziu as coisas assim, lá sabe para que o fez.

- A ti’Ana não sabe o que o fidalgo velho tem sido para comigo? Não sabe que ele mal me pode perdoar o eu ter levantado a casa defronte do seu palácio? e melhorado de ano para ano a minha, ao passo que a dele ia caindo por terra? Não viu o que ele fez só porque soube que o filho tinha vindo ter comigo para o ajudar a livrar-se da usura e das dívidas, que lhe deitavam a perder a casa? E agora então julga que eu hei-de sofrer que ele suspeite sequer que as minhas tenções eram ou são as de engrandecer à custa dos seus a minha família? A ti’Ana sofria isto?

- Mas não se está a ver, como o velho gosta da sua pequena, que nem de ao pé de si a deixa sair? Quem sabe? Às vezes.

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pág. 459 (Capítulo 33)

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Capa do livro Os Fidalgos da Casa Mourisca
Páginas: 519
Página atual: 459

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 18
III 25
IV 42
V 54
VI 62
VII 72
VIII 86
IX 102
X 114
XI 127
XII 137
XIII 145
XIV 155
XV 168
XVI 197
XVII 214
XVIII 233
XIX 247
XX 255
XXI 286
XXII 307
XXIII 317
XXIV 332
XXV 348
XXVI 358
XXVII 374
XXVIII 391
XXIX 401
XXX 414
XXXI 426
XXXII 440
XXXIII 450
XXXIV 462
XXXV 477
XXXVI 484
XXXVII 499
Conclusão 515