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Capítulo 17: XVII

Página 221
Os primos do Cruzeiro viram-no, e parece até que o primo Maurício.

- Ah! Maurício?!

- Sim, e o mais bonito é que esse também pelos modos tinha as suas pretensões, por passatempo já se sabe, olha o outro! a esse então tudo lhe serve. De maneira que hoje estão que nem uma palavra dizem um ao outro.

- Isso já eu notei; mas custa-me a crer que Jorge…

- E a todos. Pois aquele sonsinho…

- Não é isso o que eu dizia. O que eu acredito é que, sendo verdade o que me diz, Jorge ama deveras essa rapariga, e ele não tem carácter para abusar de alguém. Deus sabe o que de tudo isso pode resultar.

- Quer dizer a prima que é capaz de casar com ela?

- Sim, estou convencida de que, se ele a ama, formou já essa tenção e há-de cumpri-la.

- Tinha que ver a prima Berta da Póvoa!

- Eu lhe digo, para a menina talvez tivesse que ver, para mim, que já estou costumada a esses espectáculos, seria a coisa mais natural do mundo.

Assim informada do que se passava na sala, Gabriela observou com mais atenção Maurício e Jorge, e estudou nas fisionomias de ambos os vestígios daquele mistério.

Era manifesta a frieza que os separava naquela manhã. Evitavam-se tanto quanto podiam. As frontes de um e de outro estavam contraídas, e os sorrisos gelavam-se-lhes nos lábios sempre que queriam forçá-los a aparecerem.

- Será verdade que Jorge ame essa rapariga? Nesse caso deve ser uma paixão bem séria a dele - pensava Gabriela.

Nesse tempo a porta da sala abriu-se e D. Luís apareceu aos seus hóspedes vestido com aquele esmero e gravidade que sabia guardar em todos os actos da vida.

O fidalgo não tivera pressa em apresentar-se na sala.

Fizera-se substituir por Jorge na solenidade da recepção e na apresentação de Gabriela a todos os primos que ainda não a conhecessem.

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pág. 221 (Capítulo 17)

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Capa do livro Os Fidalgos da Casa Mourisca
Páginas: 519
Página atual: 221

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 18
III 25
IV 42
V 54
VI 62
VII 72
VIII 86
IX 102
X 114
XI 127
XII 137
XIII 145
XIV 155
XV 168
XVI 197
XVII 214
XVIII 233
XIX 247
XX 255
XXI 286
XXII 307
XXIII 317
XXIV 332
XXV 348
XXVI 358
XXVII 374
XXVIII 391
XXIX 401
XXX 414
XXXI 426
XXXII 440
XXXIII 450
XXXIV 462
XXXV 477
XXXVI 484
XXXVII 499
Conclusão 515