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Capítulo 12: XII

Página 144
abade, e ...

- Um seu criado, Sr. regedor!

- E um dia...

- Às suas ordens, Sr. regedor.

- Sr. regedor, sim, e honro-me disso muito. E, enquanto for regedor, hão-de-me respeitar como tal. Já disse. O seu tempo já lá vai, Sr. abade, e hoje a justiça, quando tem de entrar em uma casa, não repara no brasão que está à porta... ou não deve reparar. Ninguém tem o direito de não respeitar a lei, e eu prometo-lhes que já que assim o querem...

- Bem, bem, - acudiu Maurício, que receou que a cena se tornasse mais azeda - não prossigamos nesta contenda. Venham vocês daí, que temos que conversar. Clemente, sossega, que tudo se há-de arranjar. Adeus, Ana.

- Vamos lá, vamos lá, - concordaram os dois primos, empunhando outra vez as espingardas - deixemos o Sr. regedor, que está hoje muito zangado.

E, ao atravessarem o quinteiro, o doutor e o abade abraçaram, cada um por sua vez, uma das moças de Ana do Vedor, que voltava da fonte com o cântaro de água.

- Olá, olá, fidalguinhos! - bradou da porta da cozinha a patroa. - Já disse que isto aqui não é terra do Cruzeiro. Olhem se querem que eu os enxote como as raposas do galinheiro!?

E, quando a criada chegou ao pé dela, disse-lhe com aspereza:

- Tu não sabias chimpar-lhes o cântaro pela cabeça abaixo, minha maluca? Sempre vocês não sei para que querem a esperteza.

Os rapazes retiraram-se rindo.

Ana voltou a ouvir e a mitigar as queixas do filho.

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pág. 144 (Capítulo 12)

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Capa do livro Os Fidalgos da Casa Mourisca
Páginas: 519
Página atual: 144

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 18
III 25
IV 42
V 54
VI 62
VII 72
VIII 86
IX 102
X 114
XI 127
XII 137
XIII 145
XIV 155
XV 168
XVI 197
XVII 214
XVIII 233
XIX 247
XX 255
XXI 286
XXII 307
XXIII 317
XXIV 332
XXV 348
XXVI 358
XXVII 374
XXVIII 391
XXIX 401
XXX 414
XXXI 426
XXXII 440
XXXIII 450
XXXIV 462
XXXV 477
XXXVI 484
XXXVII 499
Conclusão 515