Pátroclo ainda respondeu, com voz débil:
— Podes gabar-te, Heitor, mas não foste tu que me venceste. Apolo arrancou-me as armas e deixou-me sem defesa. Depois, Euforbos feriu-me com a lança e só então, em terceiro lugar, é que me atingiste. Nem sequer tens direito aos meus despojos. Se não fossem os deuses, nem vinte troianos dos mais valorosos conseguiriam derrotar-me. Ouve mais uma coisa: tu também não viverás muito, pois a morte já anda à tua espreita. Morrerás em breve, às mãos do grande Aquiles.
Com estas palavras, Pátroclo expirou. Mas Heitor, que não o percebera, replicou:
— Que estás para aí a dizer, Pátroclo? Pode ser que seja eu que vença o indomável filho de Peleu.
Dito isto, Heitor arrancou a lança do cadáver e correu para Automedonte, o cocheiro de Pátroclo, ansioso por se apoderar dos cavalos imortais de Aquiles. Mas Automedonte já ia longe, guiando os rápidos e formosos corcéis.