Nos jogos em homenagem a Aquiles, Tétis prometeu que daria as belas armas de seu filho ao mais valente grego. Tanto Ulisses como Ájax, filho de Télamon, julgavam-se merecedores, mas Agamémnon, que desejava agradar a Ulisses, deu-lhe as armas e Ájax, desapontado e zangado, enlouqueceu e matou-se.
Páris não viveu muito tempo para se vangloriar do seu triunfo. Ferido por um arqueiro grego morreu, mais tarde, em virtude dos ferimentos. E Helena, solitária e sem amigos em Tróia, amargamente arrependida de ter deixado Menelau, ficou agradecida pela protecção que Neófobo, irmão de Páris, lhe ofereceu.
Sem Aquiles e Pátroclo, os mirmidões ficaram sem chefe. Então, Agamémnon mandou buscar Neptólemo, o jovem filho de Aquiles, a Ciro, sem o qual, como disse Calcas, o profeta, Tróia nunca seria tomada. Embora ainda menino, Neptólemo herdara a coragem e a habilidade do pai. Veio voluntariamente para a guerra e foi voluntariamente que os gregos o seguiram como seu novo chefe e Ulisses deu-lhe as armas de Aquiles.
Entretanto, a guerra de Tróia arrastava-se e os gregos, vendo que não poderiam tomar a cidade pela forçar decidiram tomá-la através de um estratagema. Há muito quem diga que foi Ulisses quem urdiu toda a artimanha e, pelo que se conta dele, é bem provável que seja verdade.
Os gregos construíram um enorme cavalo de pau, oco, em cujo bojo se esconderam cinquenta dos mais ousados guerreiros, entre eles Menelau, Diomedes, Estenelo, Ulisses e o jovem Neptólemo.
Os gregos, chefiados por Agamémnon, puxaram os navios para a água, queimaram as barracas e zarparam fingindo que iam para a Grécia, deixando para trás apenas o cavalo de pau. Mas só navegaram até a ilha de Tenedos, um pouco adiante da costa, e lá ficaram à espera.