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Capítulo 4: Capítulo 4

Página 23

Agamémnon levantou-se de imediato e, chamando Ulisses, avançaram ao encontro do rei troiano, enquanto os mensageiros traziam as oferendas. Os dois reis, depois de cumprirem os devidos rituais sagrados, fizeram o juramento de aceitar o resultado do combate individual como o fim da guerra.

Gregos e troianos animaram-se para assistir à luta, mas Príamo disse que voltaria para a cidade, pois não podia ficar a ver o seu próprio filho a lutar. E regressou a Tróia acompanhado por Antenor, triste por causa do filho, apesar de ser culpado e desprezível e de saber que o imortal Júpiter daria a vitória a quem a merecesse.

Heitor e Ulisses tiraram à sorte para ver qual dos dois, Páris ou Menelau, seria o primeiro a arremessar a sua lança contra o outro, e a sorte decidiu que o primeiro seria Páris.

Os dois contendores armaram-se, tendo Páris posto a couraça do seu irmão Licáon, por ser mais forte do que a sua. Colocou-se cada um no local que lhe competia e Páris foi o primeiro a atirar a lança que atingiu o escudo de Menelau, mas ficou com a ponta dobrada. O escudo era muito resistente pois era feito de camadas de couro forte, com uma superfície exterior de bronze. Chegou a vez de Menelau e este, antes de arremessar a lança, lembrou-se de implorar a protecção de Júpiter.

- Deus imortal, pai dos deuses e dos homens, protector do convidado e do hospedeiro, permiti que eu possa agora vingar-me de Páris que tanto mal me causou, a fim de que a minha vingança seja lembrada durante muitos anos e os homens se abstenham de praticar más acções na casa de um hospedeiro cortês.

Arremessou de seguida a sua lança com tamanha violência que esta passou através do escudo e da borda da couraça de Páris, chegando mesmo a rasgar-lhe a túnica de linho, mas sem o ferir. Menelau puxou imediatamente da espada, correu em direcção do seu adversário e atingiu-o no capacete com um poderoso golpe. Mas a parte posterior do capacete, onde estava presa a crista, era de um bronze tão forte que a espada se quebrou em quatro pedaços que tombaram no chão. Mas Menelau não se atemorizou e, mesmo desarmado, atirou-se a Páris e, agarrando-o pela crista do elmo, derrubou-o e começou a arrastá-lo para as fileiras gregas. Páris, quase sufocado pela tira de couro que lhe atava o capacete apertado no queixo, estava indefeso; repentinamente, a tira partiu-se e o elmo soltou-se, ficando nas mãos de Menelau. Este atirou-o para longe e precipitou-se de novo sobre Páris, pretendendo agarrá-lo pelo cabelo e segurá-lo firmemente até poder apanhar a sua lança do chão.

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Capa do livro Ilíada
Páginas: 178
Página atual: 23

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 15
Capítulo 4 18
Capítulo 5 25
Capítulo 6 31
Capítulo 7 37
Capítulo 8 41
Capítulo 9 44
Capítulo 10 49
Capítulo 11 56
Capítulo 12 64
Capítulo 13 67
Capítulo 14 70
Capítulo 15 73
Capítulo 16 80
Capítulo 17 86
Capítulo 18 90
Capítulo 19 96
Capítulo 20 101
Capítulo 21 105
Capítulo 22 112
Capítulo 23 115
Capítulo 24 121
Capítulo 25 124
Capítulo 26 127
Capítulo 27 133
Capítulo 28 139
Capítulo 29 145
Capítulo 30 149
Capítulo 31 156
Capítulo 32 159
Capítulo 33 165
Capítulo 34 175