Enfurecido, Diomedes correu em perseguição de Vénus, sabendo embora que se tratava de uma deusa, e feriu-a num pulso. A graciosa divindade desfaleceu e deixou cair o filho. Mas Apolo veio em seu auxílio e levou Eneias para a cidade de Tróia. Diomedes bradou com voz forte:
— Bela filha de Júpiter, não vos satisfaz vencer fracas mulheres? Afastai-vos das coisas da guerra pois, de contrário, passareis a tremer só de nelas ouvir falar.
Descontente e gemendo de dor, Vénus regressou ao Olimpo e foi acolher-se no regaço de Dione que, carinhosa mãe, lhe fez desaparecer a dor lhe curou a ferida, enquanto a deusa lhe narrava o sucedido, concluindo desta maneira:
— Que audacioso mortal! Tão atrevido está que é capaz de desafiar até o próprio Júpiter.
Então, Apolo criou uma imagem semelhante à de Eneias e deixou-a no campo de batalha para enganar os guerreiros, que em torno dela se encarniçaram novamente em sangrentos combates.