Os Fidalgos da Casa Mourisca - Cap. 29: XXIX Pág. 413 / 519

- Então deixe-se persuadir, Sr. Maurício, que vai nisso tão pouco mal!

Maurício trocou algumas palavras com ela, mas sem aludir ao casamento.

Jorge falava menos do que o irmão. Em um momento em que este saiu da sala, Berta perguntou:

- Parte para muito longe, Sr. Jorge?

- Não, Berta. Vou viver para a Casa Mourisca; mas bem vê que não podia dizê-lo a meu pai; era ainda cedo talvez para ele o consentir.

- E parte... por eu chegar?...

- Parto, sim, Berta, e não acha que deva fazê-lo?

- Talvez tenha razão... Tem por certo. Mas perdoa-me obrigá-lo a isso?

- Agradeço-lhe. A sua vinda há-de salvar meu pai.

- Então separamo-nos amigos?

- Como sempre, Berta.

Berta estendeu-lhe a mão, comovida, e Jorge levou-a aos lábios com mais ardor do que convinha a quem formara o propósito de sufocar no peito o amor que nele crescia.

E nessa tarde deixaram a quinta dos Bacelos os filhos de D. Luís.

Este ficou só com Berta e com o padre, que via um plano maçónico em todas estas mudanças.





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