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Capítulo 33: XXXIII

Página 461
anos que conviveu com aquela família ainda lhe não fizeram conhecer o génio dele?

- Mas que me importa a mim o génio do velho? Ora essa é que está muito boa! O velho tem um ou dois anos de vida, e lá para o não zangar, não hão-de um rapaz e uma rapariga fazer a sua felicidade. Olha agora!

- Pois sim, pois sim, vossemecê fala bem; mas o que lhe digo é que não tardo nos Bacelos, e que já de lá não venho sem a rapariga.

E, saindo da sala deveras preocupado, Tomé ia murmurando:

- Foi uma desgraça! uma verdadeira desgraça, meu Deus!...

A Ana do Vedor viu-o sair e meneou a cabeça com certo ar de benévola ameaça.

- Sim? Ele é isso? Pois que já tu és teimoso, eu te prometo que me hás-de ver pela frente. Vai, vai aos Bacelos, que quando lá chegares já hás-de encontrar novidades. Olha agora! Adeus, Luísa, adeus.

Luísa ergueu-se, e, abraçando-se na amiga, desatou a chorar.

- Ó mulher, você por que chora? Olha agora! Tenha juízo, mulher. Deixe lá, que há-de viver para ver a sua filha bem casada e feliz. E deixe-me que preciso de ir adiante do Tomé para ele não fazer tolices.

- Ai, eu sempre suspeitei isto, ele é que não queria acreditar.

- Pois agora já acredita. E o mais confie em Deus, deixe-me sair.

E a Ana do Vedor saiu apressada, e murmurando de instante a instante:

- Olha agora!

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pág. 461 (Capítulo 33)

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Capa do livro Os Fidalgos da Casa Mourisca
Páginas: 519
Página atual: 461

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 18
III 25
IV 42
V 54
VI 62
VII 72
VIII 86
IX 102
X 114
XI 127
XII 137
XIII 145
XIV 155
XV 168
XVI 197
XVII 214
XVIII 233
XIX 247
XX 255
XXI 286
XXII 307
XXIII 317
XXIV 332
XXV 348
XXVI 358
XXVII 374
XXVIII 391
XXIX 401
XXX 414
XXXI 426
XXXII 440
XXXIII 450
XXXIV 462
XXXV 477
XXXVI 484
XXXVII 499
Conclusão 515