Aplaudiram todos entusiasticamente estas palavras e chegou a vez do velho Nestor se levantar e falar deste modo:
— Diomedes, tu és um bravo e, além disso, um homem sensato. Não há ninguém que não aprove as tuas palavras. E tu, Agamémnon, antes de tomares qualquer iniciativa, convida os chefes e conselheiros para um banquete na tua renda, pois todos combateram arduamente durante o dia e estão cansados. Depois, então, cada um de nós falará e tu aceitarás o conselho mais prudente. Manda que as sentinelas fiquem de guarda e acendam fogueiras, como fizeram os troianos, a fim de que não sejamos apanhados de surpresa. Decididamente, esta será a noite ou da nossa perdição ou da nossa salvação.
Como lhe parecesse de bom alvitre aceitar o conselho de Nestor, Agamémnon convidou os chefes para comerem e beberem em sua companhia. Findo o banquete, foi ainda Nestor quem tomou a palavra:
— Glorioso átria, chefe de todos os helenos, ouve o que te vou dizer. Tu és rei e por isso tens direito a maiores honrarias do que qualquer um de nós. Por conseguinte, tens também a obrigação de ouvir os conselhos dos mais sábios e mais prudentes. Fizeste muito mal quando afrontaste o divino Aquiles, o mais valoroso dos teus súbditos, arrebatando-lhe a jovem Briseida e, dirigindo-lhe, além disso, os mais soezes insultos. Nessa altura, não me quiseste ouvir, por mais que tentasse dissuadir-te. Mas ainda é tempo. Envia uma embaixada à tenda de Aquiles, com presentes magníficos, e procura aplacar-lhe a cólera.
O príncipe de todos os guerreiros respondeu-lhe nestes termos: