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Capítulo 23: XXIII

Página 331
Devia lembrar-se de que nesta casa em ruínas, donde voou para o Céu aquele anjo, criaram-se os hóspedes das ruínas os répteis e as víboras, que se arrastam até aqui para a ferirem com o insulto e com a calúnia, aqui mesmo neste lugar que devia ser sagrado para meus filhos, se a fatal influência que pesa sobre esta família não tivesse já apagado neles todos os instintos de dignidade e de nobreza. Deus, porém, trouxe-me aqui para protegê-la do insulto, e espero que, apesar de trémulo, ainda o meu braço lhe servirá de seguro apoio. Talvez que a depravação nestes homens perdidos não tenha chegado ainda ao ponto de ousarem ameaçar-me; uns restos de respeito filial lhe servirão de salvaguarda.

E D. Luís, dando o braço a Berta, que maquinalmente lhe obedecia, saiu do aposento com a cabeça erguida e o gesto severo.

Maurício e os primos do Cruzeiro afastaram-se timidamente para os deixar passar.

Maurício deixou-se cair em uma cadeira e escondeu o rosto entre as mãos, exclamando:

- Eu sou um miserável!

Os primos olharam-se com o gesto cómico de dois colegiais encontrados em flagrante delito de insubordinação.

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pág. 331 (Capítulo 23)

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Capa do livro Os Fidalgos da Casa Mourisca
Páginas: 519
Página atual: 331

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 18
III 25
IV 42
V 54
VI 62
VII 72
VIII 86
IX 102
X 114
XI 127
XII 137
XIII 145
XIV 155
XV 168
XVI 197
XVII 214
XVIII 233
XIX 247
XX 255
XXI 286
XXII 307
XXIII 317
XXIV 332
XXV 348
XXVI 358
XXVII 374
XXVIII 391
XXIX 401
XXX 414
XXXI 426
XXXII 440
XXXIII 450
XXXIV 462
XXXV 477
XXXVI 484
XXXVII 499
Conclusão 515