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Capítulo 8: Capítulo 8

Página 42

Os troianos estava a bater em retirada diante dos gregos que, comandados por Diamedes, continuavam a ganhar terreno. Então, um dos filhos de Príamo, Heleno, que era excelente adivinho, chamou Heitor e Eneias à parte e disse-lhes:

— Fazei as tropas recuar para as muralhas, pois é mais seguro lá do que na planície. Exortai os homens incutindo-lhes animo e coragem. Depois disso, tu, Heitor, entra na cidade e dá instruções à nossa mãe. Dize-lhe que vá ao templo de Minerva, abra a porta do santuário e deponha sobre os joelhos da deusa o mais belo véu que houver no palácio, prometendo-lhe o sacrifício de doze bezerros de um ano, para que ela se compadeça das nossas mulheres e filhos e afaste da cidade o filho de Tideu, esse valente lanceiro. Nunca vi homem tão bravo como Diomedes. Nem o próprio Aquiles se lhe iguala, e dizem que é filho de uma deusa.

Heitor seguiu as instruções de Heleno e voltou à cidade. Entretanto, Glauco, filho de Hipóloco, e Diomedes, filho de Tideu, avançavam ao mesmo tempo, prontos para o combate. Quando já estavam próximos, Diomedes exclamou admirado:

— Diz-me quem és, ó bravo guerreiro, pois nunca te vi na guerra e és o primeiro a demonstrar tamanha ousadia vindo ao encontro de minha lança! Infelizes dos homens cujos filhos experimentam o valor de meu braço! Diz-me se és algum deus que baixou do céu, pois nesse caso não lutarei contra ti. Outros já o fizeram e perderam-se. Mas se pertences ao número dos mortais, aproxima-te e experimenta lutar comigo!

A isto responde o filho de Hipóloco:

— Bravo Diomedes, porque me fazes tantas perguntas acerca da minha origem As gerações dos homens são como as folhas das árvores. Lança-as o vento ao chão, mas as robustas árvores produzem outras, que vêm por sua vez a fenecer. Assim são os homens. Uns vão-se e outros os substituam Mas se queres conhecer a minha origem, escuta. Na cidade grega de Corinto havia um bravo guerreiro conhecido pelo nome de Belerofonte. Falsos boatos acusaram-no de tramar contra o rei e o insensato monarca acreditou no que diziam e resolveu matá-lo. Receoso, porém, das consequência não quis executar a sentença na sua própria cidade. Mandou-o, então entregar uma mensagem ao rei da Lícia. A mensagem estava escrita em caracteres cifrados para que Belerofonte não a entendesse e continha a se seguinte frase: «Este homem é um traidor, faça-o perecer.» Ignorando o perigo Belerofonte viajou para a Lícia. Quando chegou ao palácio, o rei ordenou que lhe preparassem um excelente festim, pois tratava-se do mensageiro de um amigo seu.

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Capa do livro Ilíada
Páginas: 178
Página atual: 42

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 15
Capítulo 4 18
Capítulo 5 25
Capítulo 6 31
Capítulo 7 37
Capítulo 8 41
Capítulo 9 44
Capítulo 10 49
Capítulo 11 56
Capítulo 12 64
Capítulo 13 67
Capítulo 14 70
Capítulo 15 73
Capítulo 16 80
Capítulo 17 86
Capítulo 18 90
Capítulo 19 96
Capítulo 20 101
Capítulo 21 105
Capítulo 22 112
Capítulo 23 115
Capítulo 24 121
Capítulo 25 124
Capítulo 26 127
Capítulo 27 133
Capítulo 28 139
Capítulo 29 145
Capítulo 30 149
Capítulo 31 156
Capítulo 32 159
Capítulo 33 165
Capítulo 34 175