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Capítulo 8: Capítulo 8

Página 43

Durante nove dias, tratou-o com todas as honras mas, ao alvorecer do décimo, pediu a Belerofonte que lhe entregasse a mensagem. Quando percebeu do que se tratava, começou a cogitar sobre o modo como haveria de se desfazer do guerreiro. Primeiro, mandou-o matar a invencível Quimera, monstro de raça divina, que à cabeça do leão unia o corpo de uma cabra, que terminava sob a forma de dragão e lançava constantemente chamas pela boca. Vários heróis tinham, em vão, tentando vencê-la. Belerofonre, porém, auxiliado pelos deuses, destruiu-a com roda a facilidade. Depois, ordenou-lhe o rei que fosse lutar contra a feroz tribo dos sólimos. Segundo se conta, foi esta a batalha mais árdua da sua vida, mas saiu vencedor. Teve de lutar também contra as Amazonas e destruiu-as. Depois dessas façanhas, preparou-lhe o rei uma emboscada com os homens mais fortes da região. nenhum deles voltou com vida e Belerofonte, sozinho, regressou são e salvo ao palácio do rei. Ao vê-lo, o monarca pensou: «Este homem é certamente protegido pelos deuses e portanto não pode ser mau.» Chamou-o, então, deu-lhe a sua filha em casamento e metade das honras reais. Teve filhos, dos quais um foi de Sarpedão e outro, Hipóloco, é o meu pai. Enviou-me ele a Tróia e exortou-me a que fosse sempre o primeiro na luta e honrasse o sangue de meus antepassados. É esta, pois, a linhagem de me orgulho.

Ao ouvir estas palavras, exultou Diomedes e saudou o guerreiro, exclamando:

— Vejo, então, que somos amigos por parte de nossos pais. O divino Eneu, meu avô, recebeu outrora Belerofonte no seu palácio e os dois tornaram-se amigos. Se algum dia vieres a Argos, faço questão que sejas meu Hóspede e eu serei teu conviva quando for visitar as terras da Lícia. Poupemo-nos os dissabores da luta. Há para aí muitos Troianos para enfrentar e a ti não faltam gregos para combater. Mas devemos trocar de armas, para que os esses guerreiros saibam que estamos ligados pelos laços da amizade e não podemos, por isso, lutar um contra o outro.

Dizendo isto, saltaram ambos dos carros, trocaram as armaduras, apertaram as mãos e juraram fidelidade. Comentou-se, mais tarde, que Glauco perdera com a troca, pois a sua armadura era de ouro, enquanto a de Diomedes era de bronze.

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Capa do livro Ilíada
Páginas: 178
Página atual: 43

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 15
Capítulo 4 18
Capítulo 5 25
Capítulo 6 31
Capítulo 7 37
Capítulo 8 41
Capítulo 9 44
Capítulo 10 49
Capítulo 11 56
Capítulo 12 64
Capítulo 13 67
Capítulo 14 70
Capítulo 15 73
Capítulo 16 80
Capítulo 17 86
Capítulo 18 90
Capítulo 19 96
Capítulo 20 101
Capítulo 21 105
Capítulo 22 112
Capítulo 23 115
Capítulo 24 121
Capítulo 25 124
Capítulo 26 127
Capítulo 27 133
Capítulo 28 139
Capítulo 29 145
Capítulo 30 149
Capítulo 31 156
Capítulo 32 159
Capítulo 33 165
Capítulo 34 175