Assim falou e Nestor não se fez esperar. Subiram ambos para o carro de Diomedes e dirigiram-se ao encontro de Heitor. Como este vinha a correi na sua direcção, o filho de Tideu arremessou a lança contra ele. No entanto não atingiu o filho de Príamo mas sim o seu cocheiro, que logo tombou ferido de morte. Muito triste ficou o herói com a perda do amigo mas não podia deter-se. Encontrou, imediatamente, um substituto: o destemido Arqueptólemo, a quem fez subir para o carro e entregou as rédeas.
Naquele instante, um novo raio riscou o céu por cima das cabeças dos gregos. Nestor deixou cair as rédeas das mãos, apavorado com o sinal de Júpiter.
— Diomedes — disse ele —, não achas melhor retrocedermos, antes que a demasiado tarde? Não vês que Júpiter está contra nós e resolveu dar vitória ao filho de Príamo?
Achou Diomedes que o velho tinha razão mas replicou:
— Tens toda a razão, sábio Nestor, mas muito me aborrece dar motivo a que, algum dia, Heitor possa dizer aos troianos: "O filho de Tideu, escorraçado por mim, fugiu que nem uma lebre na direcção da segurança dos navios."Se tal acontecer, prefiro então que a terra me devore.
Ao que o velho respondeu:
— Mas que dizes, bravo Diomedes? Ninguém, nem gregos nem troianos, Meditaria em tal coisa, pois já demonstraste bem a tua valentia.