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Capítulo 6: VI

Página 69
Esta era a parte secreta do seu plano; aquela cuja menção bastaria para desvanecer toda a boa impressão produzida no ânimo de D. Luís.

O capital inicial devia vir do empréstimo razoável oferecido por Tomé da Póvoa, ou obtido sob a garantia do crédito dele. Esta operação era indispensável, era a única talvez salvadora; porquanto os outros capitalistas tinham sempre em vista apoderar-se dos bens do fidalgo, e por isso somente emprestavam sob condições onerosíssimas e perigosas.

Mas o orgulho de D. Luís não lhe deixaria aceitar favores de Tomé; nunca ele consentiria na menor transacção com o que fora seu criado.

Por isso Jorge guardou para si somente esta parte das suas projectadas operações, e com D. Luís felizmente era fácil passar por alto certos pontos de questões desta natureza, que ele mal examinava. Assim, pois, o pai acabou por dar o consentimento pedido.

- Seja; não me oponho a que te ocupes da gerência da casa, que dentro em pouco tempo será vossa. Vejo que tens reflectido nisso mais do que eu julgava; contudo marco duas condições: a primeira é que nunca faças contratos que sejam vergonhosos para o nome da nossa família.

- Prometo-lhe que não o envergonharei.

- A segunda é que não desprezes os conselhos de frei Januário.

- Por certo que não prescindirei das suas informações.

- Eu lhe darei parte do que resolvi. E agora... - acrescentou D. Luís - vamos ao resto... e Maurício?

Maurício, interpelado pela segunda vez, achar-se-ia nas mesmas dificuldades para responder à interpelação se Jorge não respondesse por ele:

- Também pensei em Maurício.

- Ah! também? - disse o pai, não podendo ocultar a quase admiração que lhe estava impondo Jorge.

Maurício interrogou também com a vista o irmão.

- Se Maurício confia em mim, é inútil a sua permanência aqui na aldeia onde não tem em que se ocupe.

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Capa do livro Os Fidalgos da Casa Mourisca
Páginas: 519
Página atual: 69

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 18
III 25
IV 42
V 54
VI 62
VII 72
VIII 86
IX 102
X 114
XI 127
XII 137
XIII 145
XIV 155
XV 168
XVI 197
XVII 214
XVIII 233
XIX 247
XX 255
XXI 286
XXII 307
XXIII 317
XXIV 332
XXV 348
XXVI 358
XXVII 374
XXVIII 391
XXIX 401
XXX 414
XXXI 426
XXXII 440
XXXIII 450
XXXIV 462
XXXV 477
XXXVI 484
XXXVII 499
Conclusão 515