Caminhava na minha frente e os meus olhos seguiam-lhe os movimentos, mas o que eu via não era o chefe de uma firma importante, o hóspede desejado das recepções elegantes, o correspondente de doutas sociedades o anfitrião de naturalistas em viagem; eu via apenas a realidade de um destino que ele soubera seguir com passo firme; via aquela vida começada num ambiente modesto, rica de entusiasmos generosos de amizades, de amor e de guerras, de todas as exaltações românticas. À porta do quarto voltou-se para mim. 'Sim', disse eu, como se continuasse uma discussão, entre outras coisas, você sonhou desesperadamente com uma certa borboleta, e quando uma manhã bonita o sonho veio ao seu encontro não deixou passar essa ocasião maravilhosa... Não foi? Ao passo que ele... ' Stein levantou uma mão. 'E sabe quantas ocasiões deixei passar?, quantos sonhos perdi?" Abanou a cabeça com tristeza. 'E parece-me que alguns teriam sido muito belos se se tivessem realizado. Sabe quantos? Nem eu talvez saiba.' 'Que fossem ou não belos os dele', disse eu, 'há um, pelo menos, que não soube realizar.