Capítulo XXXII «Jim colocou-se numa posição vantajosa e conduziu-os em rebanho através da porta; durante todo aquele tempo, o archote permanecera muito hirto, seguro por uma pequena mão que não tremera uma única vez. Mudos e obedientes, os três homens moviam-se maquinalmente. Jim pô-los em fila. 'Dêem os braços!', ordenou, e eles assim fizeram. 'O primeiro que tirar o braço ou mexer a cabeça é um homem morto', disse ele. 'Em frente!' Eles marcharam com passo certo e rígido; ele seguiu-os, acompanhado pela jovem empunhando o archote, com um vestido branco comprido e os cabelos negros caídos até à cintura. Direita e ondulante, ela parecia deslizar sem tocar no chão; só se ouvia um ruge-ruge e o restolhar das ervas altas. 'Alto!', gritou Jim.
«A margem do rio, donde subia uma grande frescura, era abrupta; a luz incidia sobre a toalha de água escura e lisa que borbulhava sem uma ruga; à direita e à esquerda, as sombras das casas corriam sob os contornos nítidos dos telhados 'Dêem os meus cumprimentos ao xerife Ali... enquanto não for eu próprio apresentar-lhos', disse Jim. Nenhum dos três mexeu a cabeça. 'Saltem!', disse ele com voz de trovão. Não se ouviu senão um chape, elevou-se um repuxo de água, três cabeças negras emergiram confusamente e desapareceram; mas continuou a ouvir-se o ruído de respirações e do espadanar da água, que ia enfraquecendo, pois eles mergulhavam rapidamente, com um grande receio de uma bala de despedida. Jim voltou-se para a jovem, que fora uma testemunha muda e atenta. O coração parecia-lhe de repente não caber no peito e embargar-lhe a garganta. Foi isto provavelmente que o emudeceu durante muito tempo; depois de lhe ter devolvido o olhar, ela atirou o archote aceso para dentro do rio com um gesto largo.