Capítulo XXVIII «Após a derrota, o xerife Ali fugiu do país sem olhar para trás, e quando os infelizes aldeões acossados começaram a sair lentamente da floresta, de volta às suas casas apodrecidas, foi Jim quem, de acordo com Dain Waris, designou os chefes. Assim se tornou o governador virtual do país. Quanto ao velho Tunku Allang, a princípio o seu terror não teve limites. Diz-se que, ao ter conhecimento do êxito do assalto à colina se atirou ao chão, com o rosto colado ao soalho de bambu da sala de audiências, e aí ficou toda uma noite e um dia sem se mexer, soltando gritos abafados tão assustadores que ninguém ousava aproximar-se da sua forma prostrada a menos do comprimento de uma lança. Já se via expulso de Patusan, a errar ao abandono, despojado de tudo, sem ópio, sem as mulheres, sem servidores, presa muito fácil, à mercê do primeiro vagabundo que o quisesse matar. Depois do xerife Ali, seria a sua vez; e quem podia resistir a um ataque chefiado por um demónio? Na verdade, ele devia a vida e o que lhe restava de autoridade, na altura da minha visita, apenas à ideia que Jim tinha da justiça. Os Bugis estavam demasiado ansiosos por saldar antigos agravos, e o impassível Doramin nutria a esperança de ver um dia o filho chefe do Patusan. No decorrer de uma das nossas entrevistas, deixou-me entrever, deliberadamente, essa secreta ambição. Nada podia ser mais perfeito do que a circunspecção cheia de dignidade com que ele abordou o assunto. Ele próprio, começou por declarar, usara a sua força na juventude, mas agora estava velho e cansado... A sua imponente corpulência e os seus olhinhos arrogantes, que dardejavam olhares sagazes e perscrutadores, lembravam, de maneira irresistível, um velho elefante malicioso; o seu vasto peito arfava lentamente com um movimento regular e poderoso como a respiração de um mar calmo.