«Mas na equipagem de Brown havia um ilhéu das Salomão, raptado na juventude e dedicado a Brown, que era o melhor do bando. Este indivíduo alcançou a escuna de cabotagem - a cerca de quinhentas jardas - a nado, com a ponta de um cabo feito com toda a cordoalha de laborar disponível atada uma à outra para o efeito. A água estava serena e a baía sombria 'como o bandulho de uma vaca', segundo a expressão de Brown. O ilhéu das Salomão escalou a amurada com a ponta da corda entre os dentes. A equipagem da escuna, composta de tagalos, estava em terra numa bela festa na aldeia indígena. Os dois homens deixados de guarda a bordo acordaram de repente e viram o Diabo. Tinha os olhos coruscantes e corria pela coberta com a rapidez do raio. Caíram de joelhos, paralisados pelo terror, puseram-se a fazer o sinal da cruz e a murmurar orações. Com uma faca comprida que encontrou na despensa do navio, o ilhéu das Salomão, sem interromper as suas orações, apunhalou-os; com a mesma faca pôs-se a serrar a amarra pacientemente, a qual acabou por se partir sob o efeito da lâmina, com um ruído seco. Então, no silêncio da baía, ele lançou um brado cauteloso e o bando de Brown, que entretanto prestava ouvidos atentos e perscrutava a escuridão, começou a puxar com cuidado a outra ponta do cabo. Em menos de cinco minutos, as duas escunas acostaram uma à outra com um ligeiro choque e um ranger de mastros e vergas.