«'Nunca, a não ser que você regresse', respondi, evitando o seu olhar. Ele não pareceu ficar surpreendido; conservou-se silencioso durante algum tempo.
«'Então, adeus', disse ele, após uma pausa. 'Talvez seja melhor assim.' «Apertámos as mãos e eu dirigi-me para o bote que me esperava, com a proa voltada para a praia. Com a vela mestra desfraldada e a giba a barlavemo, a escuna curveteava sobre o mar de púrpura; as velas tingiam-se de cor-de-rosa. 'Tenciona voltar para a metrópole em breve?', perguntou Jim, na altura em que eu passava a perna por cima da borda. 'Dentro de um ou dois anos, se não morrer antes', disse eu.
«A quilha raspou a areia, o barco flutuou, os remos húmidos cintilaram e cortaram a água uma vez, duas vezes. À beira da água, Jim levantou a voz: 'Diga-lhes... ', começou ele. Fiz sinal aos homens para pararem de remar, e eu fiquei à espera, admirado. Dizer a quem? O Sol, meio submerso, iluminava-o em cheio; e eu via o seu brilho vermelho dos olhos de Jim, que me lançou um olhar mudo... 'Não... nada', disse ele, e com um ligeiro aceno de mão fez sinal para que o barco se afastasse. Não voltei a olhar para a praia antes de ter trepado para bordo da escuna.
«O Sol já se pusera. O crepúsculo caía sobre o oriente, e a costa, que se tornara negra, estendia até ao infinito a sua muralha sombria, que parecia a fortaleza da noite; no ocaso, o horizonte era uma fogueira de ouro e púrpura; uma grande nuvem escura e imóvel pairava lá no alto e projectava na água uma sombra cor de ardósia; na praia, vi Jim à espera que a escuna desse de carena e começasse a navegar.