«Os dois pescadores seminus tinham-se levantado assim que eu partira; decerto estavam a encher os ouvidos do senhor branco com as lamentações da sua miserável vida de oprimidos, e sem dúvida ele os escutava e fazia suas as queixas deles: pois não era isso uma parte da sua felicidade - a felicidade a partir da palavra 'Rua!' -, a felicidade de que ele dizia ter-se tornado tão digno? Eles também estavam com sorte, e eu tinha a certeza de que a sua pertinácia seria digna dela. Os seus corpos morenos e magros desvaneceram-se no fundo sombrio muito antes de eu ter perdido o seu protector de vista. Vestido de branco da cabeça aos pés, permanecia persistentemente visível contra a muralha da noite nas suas costas, o mar a seus pés, a sorte a seu lado... sempre coberta com o seu véu. Que acham? Estaria ainda coberta com o seu véu? Não sei. Para mim, aquela silhueta branca na imobilidade do mar e da costa parecia estar no centro de um vasto enigma. o crepúsculo extinguia-se rapidamente no céu por cima da sua cabeça, a faixa de areia já desaparecera de debaixo dos seus pés, ele próprio não era maior do que uma criança... Depois reduziu-se a um ponto branco minúsculo que parecia concentrar em si toda a luz que ainda restava no mundo obscurecido... E, subitamente, deixei de o ver!...»