«Jim estava de pé, muito direito, com o cachimbo de urze aceso seguro na mão, um sorriso nos lábios e uma centelha nos seus olhos de criança; eu, sentado a seus pés, no toco de uma árvore, e lá em baixo, aos nossos pés, o país: a vasta extensão de florestas sombrias que ondulava à luz do Sol como um mar com cintilações de ribeiros sinuosos, as manchas cinzentas das aldeias, e aqui e ali uma clareira, ilha de luz no meio das ondas escuras formadas na superfície contínua dos cimos das árvores. Uma triste melancolia pairava sobre essa vasta paisagem monótona, onde a luz caía como num abismo. A terra absorvia os raios solares, muito ao longe, ao longo da costa, o oceano vazio, liso e polido, sob a ténue neblina, parecia erguer até ao céu um muro de aço.
«E ali estávamos os dois, à luz do Sol, no cimo daquela colina que ele [Ornara histórica. Ele dominava a floresta, a melancolia secular, a velha humanidade. Era como uma estátua colocada num pedestal para representar com a sua juventude a força e talvez as virtudes de raças que nunca envelhecem, saídas da escuridão dos tempos. Não sei porquê, mas ele pareceu-me sempre simbólico. Talvez seja esta a verdadeira razão do meu interesse pelo seu destino. Não sei se era realmente justo para com ele recordar o incidente que dera uma nova direcção à sua vida, mas recordei-o muito distintamente nesse momento exacto. E foi como uma sombra na luz.»