Vira-o. Ouvira-o. Não me estorvara. Eu estava justamente a pensar, naquele momento, que não morreria.'
«Tentou sondar o meu pensamento olhando-me atentamente ao passar. 'Quer dizer que tinha estado a decidir consigo próprio se havia de morrer ou não?, perguntei no tom mais impenetrável que me foi possível. Acenou com a cabeça sem se deter. 'Sim, tinha chegado aí enquanto estava sentado no banco, sozinho, disse. Avançou uns passos para o fundo imaginário do seu desconcerto, e quando se virou para voltar para trás trazia as mãos enterradas até ao fundo dos bolsos. Parou de repente na frente da minha cadeira e olhou para baixo. 'Não acredita?', perguntou com uma curiosidade tensa. Fiz uma declaração solene da minha prontidão em acreditar implicitamente em tudo o que ele achasse por bem contar-me.»