Capítulo 14: Capítulo XIII
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Como a tinham podido deixar lá é coisa que não entendo; de qualquer maneira, ela estava completamente louca, não queria abandonar o navio agarrada à amurada, inflexível como a morte A luta dos dois era seguida do salva-vidas. O pobre Bob era o imediato mais baixinho da marinha mercante e a mulher media cinco pés e dez polegadas e era forte como um cavalo segundo me disseram. Assim continuaram agora puxas tu, agora puxo eu, a desgraçada a gritar todo o tempo e Bordando de tempos a tempos um berro para que mantivessem o salva-vidas bem afastado do navio. Um dos marinheiros disse-me, a disfarçar um sorriso: 'Parecia a todos, senhor, um rapazinho malcriado a lutar com a mãe. O mesmo tipo disse-me ainda: 'Por fim percebemos que o Sr. Stantor; desistira de gritar com a rapariga, deixando-se estar ao lado dela com a: vigilante. Pensámos mais tarde que ele devia ter calculado que talvez o ímpeto das águas a arrancasse da amurada e lhe desse uma oportunidade de a salvar. Não nos atrevíamos a aproximar-nos por causa do perigo que corriam as nossas vidas; e passado um bocado o velho barco afundou-se subitamente com uma guinada para estibordo – paf! Tragado pelo mar de uma maneira horrível! Não os vimos flutuar, nem vivos, nem mortos.' O período que o pobre Bob passara em terra fora devido a uma complicação amorosa, segundo creio. Ele esperava de todo o seu coração ter deixado para sempre a vida do mar e ter-se assenhoreado de toda a felicidade da Terra mas acabou em angariador. Foi um primo de Liverpul que lhe arranjo o lugar. Costumava contar-nos as suas experiências neste capítulo. Fazia-nos chorar a rir e, não descontente com o efeito, muito pequeno e com urna barba até à cintura, vinha em bicos de pés para o meio de nós dizer: ‘É fácil rir, patifes, mas a minha alma imortal estava mirrada como uma ervilha seca depois de uma semana daquele trabalho.
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Páginas: 434
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