Dá agora vontade de rir, mas foi um aborrecimento tremendo! Um dia de marcha através da floresta, mais outro dia perdido a aturar uma porção de camponeses idiotas para descobrir a verdade. Era uma questão que podia provocar uma zaragata sangrenta. Todos esses parvos malditos tomavam partido por uma ou por outra família e metade da aldeia estava pronta a atirar-se à outra metade com tudo o que encontrasse à mão. Dou-lhe a minha palavra que não estou a brincar... Em vez de se ocuparem das malditas colheitas. Fiz com que devolvessem ao velho as vasilhas, é claro, e apaziguei toda a gente. Não foi difícil resolver o assunto.' Claro que não. Para resolver as mais sangrentas querelas naquela terra bastava-lhe levantar o dedo mininho. A dificuldade estava em descobrir a verdade fosse do que fosse. Ainda hoje não tinha a certeza de ter sido justo para toda a gente. Era isso que o preocupava. E todas essas conversas sem pés nem cabeça, caramba! Mais valia tomar de assalto uma velha paliçada de vinte pés de altura todos os dias. Mais ainda! Isso seria uma brincadeira de crianças comparada com uma história destas. Também não levaria tanto tempo. Pois bem, a farsa era divertida, e em resumo, o idiota do velho já tinha idade bastante para ser seu avô. Mas de outro ponto de vista, não era uma brincadeira. Desde a derrota do xerife Ali, era a sua palavra que decidia tudo. 'Uma terrível responsabilidade', repetiu ele. 'Falando a sério, se se tivesse tratado de três vidas em vez de três velhas vasilhas de cobre, seria a mesma coisa...'
«Era assim que ele ilustrava o efeito moral da sua vitória na guerra. Na verdade, era imenso, pois o tinha levado dos combates à paz e, através da morte, introduzido na vida mais íntima do povo; mas a obscuridade em que vivia o país, sob os raios do Sol, preservava a sua aparência de repouso inescrutável e secular.