'Como é que ele se chama? Jim! Jim! Isso não chega para nome de homem.' 'Aqui chamam-lhe Tuan Jim', disse Cornélio com desprezo, 'Lord Jim, se preferir'. 'Quem é ele? Donde é que veio?', inquiriu Brown. 'Que género de homem é ele? É inglês?' 'Sim, sim, é inglês. Eu também sou inglês, inglês de Malaca. Jim é um idiota. O que tem a fazer é matá-lo, e depois será você o chefe. Tudo pertence a Jim', explicou Cornélio, 'Estou a pensar que ele talvez seja obrigado a partilhar dentro de pouco tempo', comentou Brown a meia voz. 'Não, não. O melhor é matá-lo na primeira oportunidade, e depois pode fazer tudo o que quiser', insistiu Cornélio energicamente. 'Há muitos anos que vivo aqui, e estou a dar-lhe um conselho de amigo.'
«Brown passou a maior parte da tarde em tais conversas, a gozar a vista de Patusan, que ele decidira tomar sua presa. Entretanto, os homens repousavam. Nesse mesmo dia, a frota de canoas de Dain Waris partiu da margem mais afastada do riacho e desceu, aproveitando a corrente, para bloquear a retirada dos aventureiros. Brown não tinha conhecimento disto, e Kassim, que trepou a colina uma hora antes do pôr do Sol, teve o cuidado de não lho revelar. Queria que o navio do branco subisse o rio e receava que esta notícia fosse desencorajadora. Fazia grande pressão sobre Brown para que este mandasse a 'ordem', e, ao mesmo tempo, oferecia um mensageiro de confiança, que, para maior segurança (como ele explicou), iria por terra até à embocadura do rio levar essa 'ordem' a bordo. Depois de reflectir por instantes, Brown julgou vantajoso escrever estas simples palavras numa folha que rasgou do seu bloco-notas: 'Corre tudo bem. Belo negócio. Prendam o homem.' O mensageiro obtuso escolhido por Kassim cumpriu a missão com toda a fidelidade, e, como recompensa, foi atirado de cabeça para baixo para o porão vazio da escuna pelo ex-pilha-destroços e pelo chinês, que se apressaram a colocar os escovilhões de cobre.