À porta de entrada, Jóia estava ajoelhada, de mãos postas; permaneceu assim durante algum tempo numa atitude suplicante, até que se pôs de pé num salto: 'És um impostor!', gritou para Jim. 'Perdoa-me!', suplicou ele. 'Nunca! Nunca!', respondeu ela.
«Tamb' Itam tirou o remo das mãos de Jim por julgar inconveniente deixar-se ficar sentado enquanto o seu senhor remava. Quando chegaram à outra margem, o amo proibiu-o de ir mais adiante; mas, no entanto, Tamb' Itam seguiu-o à distância e subiu a encosta em direcção ao campong de Doramin.
«Começava a escurecer. Archotes brilhavam aqui e ali. As pessoas que encontravam pareciam aterradas e afastavam-se pressurosamente para deixarem Jim passar. Os gemidos das mulheres chegavam-lhes aos ouvidos. O pátio estava cheio de bugis, acompanhados pelos servidores, e de gente de Patusan.
«Não sei qual era realmente a finalidade de um tal ajuntamento. Seriam preparativos de guerra, ou de vingança, ou disposições para repelir uma invasão iminente? Passaram-se muitos dias antes de os indígenas desistirem de espreitar o regresso dos brancos de longas barbas e esfarrapados, cujas relações exactas com o senhor branco nunca puderam compreender. Mesmo para estes espíritos simples, o pobre Jim continua envolto numa nuvem.
«Só, imenso, desolado, Doramin estava sentado na cadeira de braços com as pistolas de pederneira sobre os joelhos, em face da multidão armada. Quando Jim apareceu, alguém soltou uma exclamação e todas as cabeças se voltaram ao mesmo tempo; então, a turba abriu alas e ele avançou no longo de um caminho de olhares desvairados. Acompanhavam-no cochichos e murmurações: 'É o causador de todo o mal.' 'Está enfeitiçado'... Jim ouvia-os… talvez!
«Quando surgiu no círculo de luz dos archotes, o carpir das mulheres cessou de repente.
