Capítulo 7: Capítulo VI
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'Pensou que eu era cobarde de mais para me indignar', disse ele com um ligeiro matiz de amargura. Eu estava bastante interessado para discernir as mais ligeiras cambiantes na sua expressão, mas não de maneira nenhuma elucidado; contudo, um não sei quê nestas últimas palavras ou talvez apenas a acentuação dessa frase, levou-me a uma atitude de indulgência a seu respeito. Cessei de me sentir irritado com a minha inesperada situação. Havia um engano da sua parte; ele estava a cometer um erro e eu tinha a intuição de que era um erro de natureza infeliz e odiosa. Estava ansioso por acabar com esta cena por amor da decência, exactamente como quem está ansioso por interromper abruptamente uma confidência abominável, que não provocou. O mais engraçado era que, no meio de todas estas considerações de ordem superior, eu estava consciente de uma certa agitação no meu espírito quanto às possibilidades, ou, melhor, quanto à plausibilidade, de este encontro terminar numa rixa vergonhosa que não teria explicação e me cobriria de ridículo. Eu não ansiava pela celebridade passageira de ser o homem a quem o imediato do Patna esmurrou a cara, ou qualquer coisa neste estilo. Ele, segundo todas as probabilidades, não se importava com o que fazia, e de qualquer maneira sentir-se-ia plenamente justificado aos seus próprios olhos. Não era preciso ser bruxo para perceber ou que estava tremendamente zangado por causa de qualquer coisa, apesar da sua atitude calma e até apática. Não nego que, por um lado, estava extremamente desejoso de o acalmar a todo o custo, mas não sabia o que fazer. Mas não sabia mesmo, como bem podem imaginar. Encontrava-me no meio da escuridão sem um raio de luz. Continuámos um diante do outro em silêncio Ele hesitou durante uns segundos, depois deu um passo para mim, preparei-me para aparar um golpe se bem que, creio não tivesse mexido um músculo.
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