«Eu estava comovido e quase assustado com esta alegre tagarelice. Jim mostrava a volubilidade de um adolescente nas vésperas de umas longas férias, diante da perspectiva de aventuras deliciosas, e essa atitude menta. num homem feito e nestas circunstâncias tinha qualquer coisa de estranhe e de um pouco louco, de perigoso e de temível. Ia eu pedir-lhe que tomasse as coisas a sério quando deixou cair o garfo e a faca (começara a come ou, melhor, a engolir, a comida inconscientemente) e pôs-se à procura à volta do prato. O anel! O anel! Onde diabo... Ah! Cá estava...! Fechou-o na sua grande mão e experimentou metê-lo em todos os bolsos. Caramba! Não era objecto que se perdesse. Ficou a meditar sobre o. punho fechado. Ah!, achara. Ia pendurar o bendito anel ao pescoço. E tratou imediatamente de o fazer, tirando um cordel do bolso (que parecia um bocado de atacador de sapato) para o efeito. Agora estava seguro. Havia de custar muito a... Pareceu dar pela minha presença pela primeira vez e acalmou-se um pouco. Talvez eu não compreendesse, disse-me com um ar de gravidade ingénua, a importância que ele dava a este símbolo. Valia um amigo; é uma boa coisa um amigo. Ele sabia-o por experiência, e fez um sinal expressivo na minha direcção.
Perante o meu gesto negativo apoiou a cabeça na mão e permaneceu silencioso a brincar pensativo, com as migalhas que estavam sobre a toalha.