Lord Jim - Cap. 7: Capítulo VI Pág. 69 / 434

«A vista do velho Jones lacrimoso, a enxugar a calva com um lenço vermelho, o ganir do cão, a sordidez da pequena cabina carcomida, que era o único relicário da sua memória, lançaram um véu de um patético indizivelmente mesquinho sobre a figura do Brierly que conhecêramos, como ama vingança póstuma do destino da crença que tivera na sua própria glória que quase tinha frustrado a sua vida dos seus legítimos terrores. Quase!

Talvez completamente Quem sabe que opinião lisonjeira ele foi levado a formar do seu próprio suicídio?

«Torque cometeu ele esse acto tão irreflectido, capitão Marlowé capaz de adivinhar a razão?', perguntou Jones apertando as palmas das mãos uma contra a outra. 'Porquê? A razão escapa ao meu entendimento! Porquê?' Bateu na testa baixa e cheia de rugas. Se ele fosse pobre e velho e estivesse cheio de dívidas - sem uma oportunidade -, ou então doido! Mas não era o género de pessoa que endoidecesse, não era, não. Pode acreditar-me! Aquilo que um imediato não sabe do seu comandante não vale a pena saber. Jovem, saudável, abastado, sem preocupações... Às vezes estou aqui sentado a pensar, a pensar, até que a cabeça me começa a zunir. Tem de haver alguma razão.'

«'Pode estar certo, capitão Jones', disse eu, 'de que não foi por uma razão que nos transformasse, nem a mim nem a si'; e então, como se um relâmpago tivesse iluminado repentinamente a confusão do seu cérebro, o pobre velho Jones encontrou uma palavra suprema de uma profundidade surpreendente. Assoou-se, e acenando com a cabeça tristemente disse: 'Ai, ai!, nem o senhor nem eu nunca nos tivemos em tão grande conta.'

«Está claro que a recordação da minha última conversa com Brierly está influenciada pelo facto de eu conhecer o seu fim quase imediato.