'Ah!, aqui está.' Encontrara o chapéu. Ficámos parados alguns segundos no vento. 'Que vai fazer depois do... depois do... ', perguntei muito baixo. 'Vou para o diabo que me carregue, com certeza', respondeu com um resmungo ríspido. Eu recobrara a minha calma, em certa medida e julguei que era melhor não levar as coisas muito a sério. 'Peço-lhe que se lembre', disse eu 'de que gostaria muito de o voltar a ver antes de se ir embora.' 'Não sei o que o impedirá de me ver. Não vou com certeza tornar-me invisível', disse com uma intensa amargura; 'não terei essa sorte.' E então, no momento de despedida, fez diante de mim uma tremenda exibição de movimentos confusos, hesitante, irresoluto, a gaguejar. Deus lhe perdoe! Tinha metido na cabeça - sempre a imaginação! que eu teria constrangimento em lhe apertar a mão. Era tão horrível que não sabia o que dizer. Creio que lhe dei um berro de repente, como se o tivesse visto a andar à beira de um precipício; recordo que levantámos a voz que no seu rosto apareceu um pobre sorriso que era mais um arreganho, a minha mão foi agarrada com desespero e ele foi tomado de um riso nervoso. A vela apagou-se e tudo acabou, com um gemido que tremulou no ar e chegou aos meus ouvidos no escuro. Partiu não sei como. A noite tragou o seu vulto Ele era horrivelmente inábil. Horrivelmente inábil. Ouvi o ranger das suas botas sobre o cascalho. Corria. Corria positivamente, sem ter para onde ir. E não tinha ainda vinte e quatro anos»