Capítulo 15: Capítulo XIV
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. como elas são, meu amigo! E então quais são as consequências? Está-se mesmo a ver! Desordens, desordens; depois muito naturalmente, um golpe que atira o parceiro para o outro mundo; e é-lhe bem feito. Gente dessa é mais útil morta do que viva. Conta-se que o navio de Sua Majestade o Wolverine encontrou o capitão Robinson ajoelhado nos sargaços, nu como no dia em que nascera e a cantar um salmo ou qualquer outra coisa; caía um ligeiro nevão. Ele ficou quieto até o escaler estar à distância de um remo da praia, levantou-se e desapareceu da vista. Andaram à caça dele uma hora de um lado para o outro por cima dos seixos, até que um marinheiro o atingiu atrás da orelha com uma pedra e providencialmente o pôs fora de combate. Se estava sozinho? Pois estava, claro! Mas é como a história da caça à foca, só Deus sabe a verdade e a mentira. Os do escaler não lhe fizeram muitas perguntas. Embrulharam-no numa manta do barco e levaram-no dali a toda a pressa, porque se aproximava uma noite muito escura, o tempo mostrava-se ameaçador e o navio disparara a chamá-los, de cinco em cinco minutos. Três semanas depois estava fino. O estardalhaço que fizeram sobre o caso não o perturbou; apenas cerrou os lábios e deixou-os gritar. Já era bastante duro ter perdido o navio e tudo o que ele lhe rendia, sem ter de prestar atenção aos nomes feios que lhe chamavam. Aqui está o género de homem que me interessa.' Levantou o braço e fez um sinal a alguém. 'Ele tem algum dinheiro, por isso tive de o deixar entrar no meu negócio. Teve de ser. Era um pecado desperdiçar um achado destes, e eu estava sem cheta. Custou-me horrivelmente, mas eu estava a ver o assunto objectivamente, e, «se devo meter alguém nisto» - pensei -, «então prefiro o Robinson».
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Páginas: 434
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