«Este foi o pior incidente da... da... retirada de Jim. Ninguém a lastimava mais do que eu; porque, se toda a gente dizia, quando se falava nele oh, sim! Já sei... Tem andado aí de um lado para o outro... ', tinha, no entanto, preservado uma certa dignidade no meio do seu peregrinar. Porém, este último incidente causou-me sérias apreensões, porque, se a sua sensibilidade excessiva o ia levar a envolver-se em rixas de cabaret, arriscava-se a perder a sua reputação de imbecil inofensivo e a adquirir a de um vagabundo vulgar. Apesar de toda a confiança que depositava nele, não pude deixar de pensar que do nome à coisa vai apenas um passo. Suponho que compreenderam que nessa altura eu não podia já desinteressar-me da sua sorte. Levei-o de Banguecoque no meu barco, e a travessia pareceu-me bem nega. Era lamentável vê-lo retrair-se. Um marinheiro mesmo quando não viaja em serviço interessa-se geralmente pelo barco e olha a vida do mar sua volta com o prazer crítico de um pintor, por exemplo, em face de um quadro de outro pintor. Não se considera um estranho. Mas o meu amigo Jim escondia-se a maior parte do tempo na sua cabina como se fosse um passageiro clandestino. Acabou por me comunicar a sua disposição de espírito de tal maneira que eu evitava falar de assuntos profissionais, que viriam naturalmente à baila entre dois marinheiros no decurso de uma viagem. Durante dias inteiros não trocávamos uma palavra; eu sentia uma extrema repugnância em dar ordens aos meus oficiais na sua presença. Muitas vezes, quando nos encontrávamos sozinhos na ponte ou na cabina, não sabíamos sequer para onde olhar.