«Respondi que era verdade e acrescentei, depois de um silêncio, que desejaria vê-lo seguir o meu exemplo. 'Pensa que não confio em mim?', perguntou inquieto, e murmurou que era preciso primeiro mostrar aquilo de que se é capaz; depois o seu rosto desanuviou-se e, em voz alta, protestou que nunca me daria ocasião de me arrepender da confiança que nele depositara, e que... que...
«'Não se iluda', interrompi eu. 'Não está no seu poder fazer-me arrepender seja do que for.' Não haveria arrependimentos, mas se os houvesse era só comigo; por outro lado, eu queria que ele compreendesse muito claramente que esta combinação, esta... esta… experiência, era da sua inteira
responsabilidade e de ninguém mais. 'Mas… mas' - gaguejou -, 'é isso mesmo que eu... ' Pedi-lhe que não dissesse patetices e tomou um ar ainda mais estupefacto. Estava a tornar a vida impossível a si próprio... 'Acha que sim?', perguntou aflito, mas num instante reencontrou a confiança acrescentou: 'Estava a caminhar bem, não estava?' Não era possível a ninguém zangar-se com ele: tive de sorrir e de lhe dizer que, nos tempos antigos, aqueles que «caminhavam» assim se faziam eremitas num país selvagem.