Capítulo 28: Capítulo XXVII
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'Pois bem, seja como for, os canhões estavam lá e troaram em uníssono ao nascer do Sol. Caramba! Gostaria que tivesse visto saltar os estilhaços de madeira' exclamou ele. A seu lado, Dain Waris, que o escutava com um calmo sorriso, baixou as pálpebras e mexeu um pouco os pés. Parece que o êxito do içar dos canhões dera aos homens de Jim um tal sentimento de segurança que ele se arriscou a confiar a bateria a dois velhos bugis que tinham andado na guerra na sua juventude e foi juntar-se a Dain Waris e à sua tropa de assalto, que estavam escondidos na ravina. Aos primeiros clarões do alvorecer começaram a escalada, e quando chegaram a dois terços da subida estenderam-se na erva húmida à espera do nascer do Sol, que era o sinal combinado. Jim contou-me com que impaciência e emoção angustiada espiava o rápido nascer da aurora; como, após o calor do trabalho e da ascensão, sentia o frio orvalho da manhã gelar-lhe os ossos; como estava cheio de medo de se arrepiar e de se pôr a tremer como uma folha antes que chegasse a altura de avançar. 'Foi a mais longa meia hora da minha vida', declarou-me ele. Gradualmente, a paliçada silenciosa delineou-se contra o céu por cima dele. Disseminados ao longo da costa, havia homens agachados por entre as pedras negras e os arbustos pendentes. Dain Waris jazia a seu lado, estirado ao comprido. 'Olhávamos um para o outro', disse Jim, pondo docemente a mão sobre o ombro do amigo. 'Ele sorria-me alegremente e eu não ousava mover os lábios com medo de ser tomado por um acesso de tremura. Palavra de honra que isto é verdade! O suor escorria-me pelo corpo quando nos emboscámos, pode imaginar... fazer uma ideia... ' Eu acredito que ele não tivesse dúvidas sobre o resultado final; preocupava-me apenas com a sua capacidade de reprimir ou não os arrepios.
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Páginas: 434
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