Mas este, em resposta, mostrou-se tão selvagemente jovial que, dizia ele, ouvir-lhe os guinchos de riso falso, vê-lo agitar-se, piscar os olhos, segurar o queixo de repente, estirar-se sobre a mesa com um olhar fixo e aturdido, era mais do que ele podia suportar. A jovem não apareceu e Jim retirou-se muito cedo. Quando se levantou para desejar boa noite, Cornélio pôs-se de pé num salto, derrubou a cadeira, cambaleou e desapareceu, como se quisesse apanhar alguma coisa que deixara cair. A sua 'boa noite' veio de debaixo da mesa numa voz rouca. Jim ficou surpreendido ao vê-lo emergir com o queixo caído e um olhar fixo, estupidamente assustado. Agarrou-se à borda da mesa. 'Que tem? Não se sente bem?', perguntou Jim. 'Não, não; tenho uma grande cólica na barriga', disse o outro e Jim é de opinião que era absolutamente verdade. Sendo assim, tratava-se, em face do acto que premeditava, de um abjecto sintoma de um endurecimento ainda imperfeito pelo qual lhe deve ser concedido o devido crédito.
«Seja como for, o sono de Jim foi perturbado por um sonho: um céu de cobre ressoava com o som de uma voz formidável que lhe gritava: 'Acorda! Acorda!', tão alto que, não obstante a sua determinação desesperada de continuar a dormir, acabou por acordar. O clarão bruxuleante de chamas vermelhas crepitantes feriu-lhe os olhos. Turbilhões de fumo negro e espesso voltejavam ao redor da cabeça de uma aparição, de um ser sobrenatural, todo vestido de branco, com um rosto severo contraído e ansioso. Passado um momento, reconheceu a jovem, que segurava com o braço levantado um archote de câmara e repetia com uma insistente monotonia: 'Levante-se! Levante-se! Levante-se!'
«Ele pôs-se de pé num salto brusco; ela meteu-lhe logo na mão um revólver, o seu próprio revólver, geralmente pendurado num prego, carregado.