«A sorte foi-lhes propícia, como o tempo. Alguns dias de calmaria teriam desencadeado horrores indescritíveis a bordo daquela escuna, mas, com a ajuda das brisas da terra e do mar, menos de uma semana depois de terem cruzado os estreitos de Sunda ancoraram ao largo do estuário de Batu Kring, a um tiro de pistola da aldeia dos pescadores.
«Catorze homens apinharam-se na chalupa da escuna (que era uma enorme embarcação utilizada na descarga) e meteram-se rio acima, enquanto dois deles ficaram de guarda à escuna com comida suficiente para não morrerem de fome durante dez dias. Foram ajudados pela maré e pelo vento, e, uma tarde, o grande barco branco, impelido por uma brisa marítima que lhe inchava a vela esfarrapada, meteu-se a caminho pelo braço do rio onde ficava Patusan, manobrado por catorze espantalhos sortidos, que olhavam fixa e avidamente a direito e tacteavam os gatilhos de velhas espingardas. Brown contava com a surpresa e o pavor da sua chegada. A chalupa singrava com o fluxo da maré. A paliçada do rajá não deu sinal de vida e as primeiras casas nas duas margens do rio pareciam abandonadas. Viam-se canoas que fugiam rio acima. Brown ficou espantado com a importância da povoação. Reinava um profundo silêncio. O vento caiu a meio das casas; dois remos serviram para manter a embarcação contra a corrente, pois Brown tencionava instalar-se no centro da cidade antes de os habitantes poderem sonhar com a resistência.
«Porém, o chefe da aldeia de pescadores em Batu Kring conseguira mandar a tempo um mensageiro dar o alarme.