«O cair da noite ocultou o cadáver, que permanecia de braços estendidos, como se tivesse sido pregado ao chão; e, na sua lenta revolução, a esfera nocturna imobilizou-se sobre o Patusan, inundando a Terra com a luz cintilante dos seus mundos inumeráveis. Na parte exposta da cidade, grandes fogueiras brilhavam de novo, ao longo da única rua, e iluminavam de onde em onde as linhas oblíquas dos telhados, restos de caniçadas confusamente amontoados, e aqui e ali, delineada pelo clarão, uma cabana inteira que assentava sobre os riscos negros verticais de um grupo de altas estacas; toda esta fila de habitações, iluminadas a espaços pelas chamas dançantes, parecia sumir-se tortuosamente, ao longo do rio, na escuridão do interior da terra. Um grande silêncio, em que os lumaréus das fogueiras sucessivas brincavam sem ruído, pesava sobre o negrume que se estendia até ao sopé da colina; mas na outra margem, mergulhado nas trevas que cercavam uma fogueira solitária, acesa diante do forte, elevava-se nos ares um rumor crescente como o bater dos pés de uma multidão, o murmúrio de inúmeras vozes, ou o ruído de uma catarata longínqua.