«Doramin mandara-lhe por duas vezes um criado de confiança dizer-lhe seriamente que não podia responder pela sua segurança a não ser que ele voltasse a atravessar o rio e fosse viver entre os Bugis como dantes Gente de todas as condições vinha visitá-lo, muitas vezes a meio da noite a fim de lhe revelar os planos para o seu assassinato. Seria envenenado ou apunhalado no banho. Faziam-se combinações para, de um barco, o matar no rio. Cada um destes informadores apresentava-se como um dos seus bons amigos. Era o bastante, disse-me, para estragar o sossego de um tipo para sempre. Que se preparasse uma coisa deste género era muito possível, mesmo provável, mas os falsos avisos só serviam para lhe dar a sensação de que por todos os lados na sombra se urdiam planos mortais à sua volta. Nada podiam ter calculado de melhor para abalar os mais sólidos nervos. Finalmente, uma noite, o próprio Cornélio, com grande aparato de alarme e de segredo, com palavras amigáveis e solenes, revelou-lhe um pequeno plano: por cem dólares - ou mesmo oitenta; digamos oitenta -, ele, Cornélio, trataria de arranjar um homem em quem confiava para fazer que Jim passasse o rio com toda a segurança. Não tinha outro remédio, se ligava alguma importância à vida. O que são oitenta dólares? Uma bagatela. Uma soma insignificante. E ele, Cornélio, que tinha de permanecer no seu lugar, estava verdadeiramente a tentar a morte com tal prova de devoção para com o jovem amigo do Sr.