«Entretanto ele passeava no pátio, evitado por uns, olhado com curiosidade por outros, vigiado por todos e praticamente à mercê do primeiro velhaco esfarrapado que entrasse lá por acaso com um cutelo. Tomara posse de uma cabana em ruínas para lá dormir; as emanações dos detritos e do lixo apodrecido incomodavam-no bastante; parecia que não tinha, contudo, perdido o apetite, porque, disse-me ele, durante todo aquele tempo estivera com fome. De vez em quando, 'uma cara de asno com um ar agitado' corria para ele, mandado pelo conselho, e, com uma entoação adocicada, infligia-lhe um interrogatório surpreendente. Vinham aí os Holandeses para se apoderarem do país? Não gostaria o branco de descer rio abaixo?
Com que fim viera a um país tão miserável? O rajá gostaria de saber se o branco sabia consertar um relógio. De facto, levaram-lhe daí a pouco um despertador de níquel, proveniente da Nova Inglaterra; para matar o tédio insuportável, esforçou-se por fazer funcionar a campainha. Foi aparentemente quando assim estava ocupado na sua cabana que tomou verdadeira consciência do perigo extremo em que se encontrava. Pôs de lado o despertador - diz ele - como 'uma batata a escaldar' e saiu à pressa da cabana sem a mínima ideia do que poderia fazer.