O que o Sr. Stein chamaria um bom «companheiro de armas». Tive sorte, caramba! Tive sorte quando o meu último alento me levou até eles.' Meditou uns instantes de cabeça baixa, depois animou-se e acrescentou: 'É claro que não me pus a dormir, mas...' Fez uma nova pausa. 'Parecia que me estava a ser dado um poder', murmurou ele. 'Vi logo o que tinha a fazer... '
«Não havia dúvida de que lhe estava a ser dado um poder, e dado pela guerra, muito naturalmente, uma vez que o poder que lhe fora atribuído era o de fazer a paz. É só neste sentido que a força é frequentemente um direito. Não pensem que Jim encontrou imediatamente o seu caminho. Quando ele ali chegou, a comunidade dos Bugis encontrava-se numa situação bastante crítica. 'Todos estavam com medo', disse-me ele, 'receavam pela própria pele, mas eu vi claramente que tinham de fazer qualquer coisa sem tardar, se não quisessem ser expulsos ou pelo rajá ou por esse vagabundo do xerife.' Mas ver apenas não chegava. Uma vez seguro da sua ideia, teve de a meter dentro de cabeças relutantes e forçar muralhas de medo e de egoísmo. Conseguiu-o por fim. Mas também ainda não era suficiente. Teve de idear os meios de acção. Inventou-os. Concebeu um plano audacioso; e o seu trabalho ainda estava em meio. Teve de inculcar a sua própria confiança a um grande número de homens que tinham razões secretas e absurdas para se mostrarem hesitantes; teve de apaziguar invejas imbecis e dissipar à força de argumentos toda a espécie de desconfianças sem sentido. Sem o peso da autoridade de Doramin e o fogoso entusiasmo do filho, teria certamente falhado. Dain Waris, um jovem admirável, foi o primeiro a acreditar nele; era a sua uma dessas estranhas, raras e profundas amizades entre gente de outra cor e brancos, na qual até a própria diferença de raça parece aproximar dois seres humanos através de um elemento místico de simpatia.