«E aqui - palavra de honra! - olhou para mim com uma expressão de curiosidade. Era uma pergunta que parecia feita de boa fé. Contudo, não esperou por uma resposta. Antes de me poder recompor, continuou, olhando fixamente para a frente, como se estivesse a decifrar qualquer coisa escrita no corpo da noite. 'Tudo depende de estarmos preparados. Eu não o estava; não - não estava preparado nesse momento. Não quero desculpar-me; mas gostava de poder explicar... gostava que alguém entendesse - alguém -, menos uma pessoa! O senhor! Porque não o senhor?'
«Era solene e ao mesmo tempo um pouco ridícula, como sempre é, esta luta de um indivíduo a tentar salvar do fogo a ideia do que a sua própria identidade moral deveria ser, esse precioso conceito de uma convenção, que é apenas uma das regras do jogo, e nada mais, mas apesar disso tão terrivelmente impressionante pelo poder que mantém sobre os instintos naturais e pelos tremendos castigos que o seu fracasso impõe.